08 de Maio de 2024 - Quarta-feira
 
Santa Maria de Itabira - MG
 
História da Comunidade
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» SÃO GERALDO
Bairro/Localidade: VILA MARÍLIA
Cidade: SANTA MARIA DE ITABIRA - MG
Cep: 35910000
Comunidade: Vila Marília Costa
Padroeiro: São Geraldo
Casas de católicos:1980
Casas de evangélicos: 485
Casas de quem não tem religião:285
Total: 2750

A crise política da qual nasceu o Regime militar começou em 1964 e o Brasil começou a enfrentar mudanças radicais. As famílias rurais, bóias frias, que até então trabalhavam para os fazendeiros na cana de açúcar ou nos cafezais foram expulsos dessas fazendas, pois os donos das terras foram prejudicados com o novo sistema de governo, não podendo continuar com seus agregados (trabalhadores).
Foi um tempo de muita penúria, fome, gente pelas estradas e pelas ruas sem saber aonde ir. Não havia solução para as pobres mães, com as trouxas na cabeça e filhos nas escadeiras e nem os maridos que com quiçambas nas costas saiam, também, do terreno do ex-patrão em busca de solução, onde pudessem fincar o seu chão. E foi, assim, que começou o Bairro de Vila Marília Costa, onde residem até hoje alguns desses retirantes, ou, então, a segunda ou terceira geração dos mesmos.Eram pessoas pobres, simples,humildes ,sem cultura religiosa definida mas chei de fé em Deus e vontade de conquistar seus próprios espaços.
O terreno do bairro foi adquirido por volta de 1966 a 1968, pelo prefeito da cidade de Santa Maria de Itabira, conhecido por Doutor Costa. Ele era um clínico muito estimado por todos. Este terreno foi loteado e doado ás pessoas necessitadas. O bairro recebeu este nome em homenagem a esposa do benfeitor que doou o terreno. O nome dela era Marília Costa uma senhora muito caridosa e carinhosa. O loteamento foi organizado e distribuído com pelos futuros moradores por volta, também, dos anos 66 e 68. Os primeiros moradores foram: Ladir Crescêncio de Almeida, Antônio do Carmo (Nico de Doninha), Sebastião Monteiro de Oliveira (Sô Tico de Leonídia), José Luis Quirino, Raimundo Paulo da Cruz(Moreira), Carlos Teixeira, Juventino Pereira da Cruz,Antonio Bernardo da Cruz , Maria Quirina Albano, Edwirges da Costa, José Nestor e a 14ª fui eu, Clarice Francisca Rodrigues.
Naquela época, não havia ruas e, sim, trilhas em meio ao capim, água era só no Rio Tanque, luz era com lamparina a querosene.
Passado algum tempo ,quando já havia de 30 a 40 moradores, o novo prefeito da cidade, Ildeu Bretas, fez uma caixa d’água comunitária, de cimento, para armazenar água para todos os moradores. A água nascia no brejo, onde é hoje a quadra de esportes, e numa biquinha onde reside hoje o senhor Paulo do Carmo (Paulo do taxi).
Quando a COPASA e a CEMIG chegaram, por volta de 1975 a 1976, ainda, não havia ruas e nem rede de esgoto. Os materiais de construção eram trazidos, por bondade dos motoristas, a beira do brejo e colocados num espaço onde hoje se construiu a Mercearia do Euzébio. Os donos dos futuros barracos carregavam, nas costas, todos os materiais necessários(água,areia,cimento,pedra,cascalho etc...),não importava onde era o lote, tudo era carregado nas costas.
Os futuros moradores trabalhavam a semana como diaristas e no sábado e domingo pegavam pesado nas construções de seus barracos. Todas as noites rezavam o terço e o ofício de Nossa Senhora, nas casas, fazendo novenas aos santos de sua devoção, principalmente, a Nossa Senhora Aparecida, conhecida como a mãe dos pobres e oprimidos.
Agora, falarei um pouco do que sei sobre a vida religiosa daquele tempo, até a construção de nossa Igreja de São Geraldo. De outubro de 1956 a outubro de 1973, o nosso pároco foi Padre Luiz Moreira. Durante sete anos íamos à missa na matriz, pois quando a Vila Marília começou ele já era a ser habilitado padre, há dez anos, em Santa Maria de Itabira. Em julho de 1974, foi ordenado o padre José Candido que ficou auxiliando o padre Luíz que já estava doente e veio a falecer em outubro de 1974.
Em dezembro do mesmo ano, chegou a nossa cidade o seminarista, José Cláudio Dias, ordenado diácono em fevereiro de 1975 e em abril ordenou-se sacerdote tomando posse da paróquia Nossa Senhora da Rosário.
Voltando à história do nosso bairro, a população ia crescendo a cada dia. De 1975 a 1982, o padre José Claúdio Dias celebrava missa duas vezes por ano. Uma em maio, na Semana Mariana, outra em outubro, na Festa da Padroeira. E todas as atividades relacionadas à igreja eram realizadas na Matriz. Vários padres passaram pela nossa paróquia como: Tarcisio Generoso da Fonseca, Luciano Ivo, redentorista padre Ergo Araujo, padre Afonso e outros auxiliares que caminharam juntos com estes padres, ajudando na evangelização da comunidade.
Vinte e seis anos se passaram desde o inicio do nosso bairro e foi no dia 07 de fevereiro de 1993 que chegou à nossa paróquia o padre Renato Menezes Cruz. No dia 17 do mesmo mês, celebrou a primeira missa no Bairro Vila Marília Costa. A missa foi realizada no salão comunitário, às 19 horas. Antes da Santa Missa, o padre Renato delegou a mim, Clarice Francisca Rodrigues, Ministra da Eucaristia, para caminhar junto a Nair do Carmo Garajau que já exercia o ministério na matriz e trazia comunhão para os enfermos do nosso bairro todas as 4ª feiras, às 19 horas.
Assim, o padre Renato fundou a comunidade religiosa, ensinado e incentivando todos a rezarem o terço e a terem devoção a Nossa Senhora. Providenciou cursos de formação em todas as categorias pastorais como: catequese, batismo, casamento etc...
Durante todo o ano de 1993, padre Renato celebrou, semanalmente, catequizando os fiéis, ensinando-nos como caminha uma comunidade. Um ano depois, nosso querido padre passou a celebrar as missas uma vez por mês, no nosso bairro, pois ele tinha que atender a 28 comunidades.
Através da fé que tínhamos em Nossa Senhora Rainha da Paz, conseguimos um lote para construir nossa igreja. O lote estava reservado para construir uma creche. O senhor José Geraldo Crispim, juntamente com outros membros da comunidade, procuraram o prefeito da época, o senhor Cassemiro de Andrade Neto, que passou o lote em nome da igreja.
A construção da igreja só começou em 1997. Toda a comunidade rezava de casa, em casa, porque o salão estava sendo usado para outras finalidades.
A escolha do nome do padroeiro do bairro foi através de uma eleição comunitária,quando o escolhido foi o glorioso São Geraldo Majela.

 
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