Paróquia
Santo Antônio de Pádua
Diocese Presidente Prudente  
Novena de
Santa
Teresinha
Pílulas de
Frei
Galvão
Sagrado Coração de Jesus

Tópicos

* As 12 Promessas
* Devoção ao Coração de Jesus
* Um Coração que se pode ver
* O Coração de Jesus
 

As 12 Promessas

1) Eu lhes darei as graças necessárias aos deveres de estado

2) Farei reinar a paz em suas famílias

3) Eu os consolarei em todas as tribulações

4) Serei um refúgio seguro na vida e na hora da morte

5) Lançarei abundantes bênçãos sobre todas as suas empresas

6) Os pecadores acharão em meu Coração a fonte e o oceano infinito de misericórdia

7) As almas tíbias se tornarão fervorosas

8) As almas fervorosas, que se aproximam do meu Coração, chegarão rapidamente a uma grande perfeição

9) Abençoarei a casa em que a imagem de meu Coração se achar exposta e honrada

10) Darei aos sacerdotes a graça de converterem os corações mais endurecidos

11) As pessoas que propagarem essa devoção terão para sempre seus nomes inscritos no meu coração

12) As nove primeiras sextas-feiras

Devoção ao Coração de Jesus

Lendo os Evangelhos percebemos que, no entender do próprio Jesus, a vida eterna e, por isso mesmo, toda a vida cristã consiste em conhecer o Pai e a Ele (Jesus Cristo). Então vale a pena aprofundar este conhecimento feito de fé e de amor pela pessoa de Jesus (cf. Jo 17,3). Era também esta a grande prece que Paulo fazia por seus irmãos de Éfeso (Ef 3, 14-19).
Fala-se em culto, devoção e espiritualidade do Coração de Jesus. Vamos tentar entender o que significa cada um deles. Vamos tentar compreender também o que queremos dizer com a expressão ‘Coração de Jesus’.

O que se entende por culto?

A palavra culto deriva de um verbo latino (colere) e significa ter o cuidado de cultivar. O culto é a veneração que se tem por um ser ou uma pessoa, uma atitude interna feita não só de admiração, de estima e de honra, mas também de humildade, de entrega, de submissão.
Quando falamos em ‘culto religioso’, devemos lembrar que ele estabelece um relacionamento entre Deus e a pessoa humana; entre Deus que se revela, se doa e a pessoa humana que responde a Deus com serviço e amor.

O culto é, antes de tudo, interno, mas pode e deve expressar-se em atos externos. Aqui entram nossas orações pessoais, comunitárias, nossas celebrações litúrgicas com que respondemos ao amor do Coração de Jesus por nós.

O que entendemos por espiritualidade?

Espiritualidade é um termo muito usado hoje. Indica o espírito de uma coisa, um estilo de vida, uma mentalidade; é uma maneira de ser e agir. Falamos, assim, de espiritualidade sacerdotal, conjugal, franciscana, dehoniana, espiritualidade do século XIX...

Falando em espiritualidade do Coração de Jesus, pensamos numa maneira de ser, num estilo de vida que deve ter uma pessoa que acredita no amor de seu Deus e que fez até a experiência do grande amor que o Pai e o Coração de Jesus têm por ele (ela). Pensamos na vida que leva uma pessoa que acolheu em si o Espírito do Amor e se une ao Coração de Cristo nesta grande obra de redenção dos seus irmãos(ãs), por amor.

O que entendemos por devoção?

Devoção é uma palavra ambígua; pode ter vários sentidos. Aqui nós não a tomamos no sentido de uma ‘prática piedosa’, nem no sentido de ‘fervor’ ou de ‘consolação espiritual’ (como falamos de oração: Eu senti muita devoção, rezei com muita devoção).

O sentido que damos, aqui, à palavra devoção é aquela tirada dos escritos de Santo Tomás: “A prontidão habitual da vontade nas coisas que se referem ao serviço de Deus”. Significa, então, uma disposição permanente e pronta em nossa entrega a Deus. Devoção é, aqui, quase sinônimo de Consagração. Seria, então, uma resposta de amor ao amor de Cristo, consagrando-se a Ele. Cristo, por amor, deu a vida por nós (cf 1Jo 3, 16) e nos associou aos mistérios de sua vida (cf 1Pd 2, 9). Portanto, é necessário que respondamos a Ele, com o nosso amor. Isto é ser devoto do Coração de Jesus.

O que significa e expressão ‘Coração de Jesus’?

Comecemos pelo simbolismo do ‘CORAÇÃO’. Em nosso linguajar, o coração é o símbolo natural do amor. Não porque este órgão físico produza o amor, mas porque no coração repercute, de modo maravilhoso toda a gama de manifestações afetivas que, em nós, está relacionada com o amor.

O Concílio Vaticano II usa, também, o símbolo do coração ao falar do amor de Cristo: “O Filho do Homem, com sua encarnação, uniu-se a todo homem. Trabalhou com mãos de homem, pensou com inteligência de homem, trabalhou com vontade de homem, AMOU COM CORAÇÃO DE HOMEM” (GS 32).

Com a expressão ‘Coração de Jesus’ entendemos a própria Pessoa de Jesus, o seu aspecto mais nobre, mais atraente para nós: o AMOR, síntese e foco unificador de toda a vida, de toda a obra e de toda a Pessoa de Jesus. A devoção ao Coração de Jesus venera o amor humano do Filho de Deus Encarnado. Lembra Jesus que nos ama com amor humano e, por isso, nós sentimos nosso Deus muito próximo de nós, caminhando ao nosso lado.

Mas, a devoção ao Coração de Jesus venera não só o amor humano de Jesus. Lembra e venera, também, o seu amor divino. Quando dizemos Coração de Jesus (ou Coração de Cristo), queremos significar a Pessoa de Jesus Cristo, enquanto é, na sua Pessoa e na sua vida, a máxima manifestação do amor divino-humano com que Jesus Cristo nos amou e nos ama.
Pio XII escrevia: “O Coração de Jesus é o Coração de uma Pessoa divina, ou seja, do Verbo Encarnado e, por isso, representa e, por assim dizer, nos põe diante dos olhos todo o amor que Ele teve e ainda tem por todos nós. Portanto, fácil é concluir que, em sua essência, o culto ao Coração de Jesus é o culto ao amor com que Deus nos amou por meio de Jesus e, ao mesmo tempo, a prática do nosso amor para com Deus e o próximo” (H. A. in AAS 48, 344s).

E João Paulo II nos lembra que, na Pessoa de Jesus Cristo, se revela também o amor misericordioso do Pai para com a humanidade. O Coração de Jesus será então, também, o amor misericordioso do Pai que, em Cristo, se revela e se doa totalmente a nós.
E a melhor forma de sermos devotos do Coração de Jesus no mundo de hoje será levar esta misericórdia do Coração de nosso Deus aos nossos irmãos e irmãs, principalmente aos pobres, oprimidos, esquecidos, marginalizados; é ser misericórdia do Coração de Jesus para todos eles e tentar reconstruir neles o rosto, o projeto de Deus.

Um coração que se pode ver

No mês de junho celebramos a festa litúrgica do Coração de Jesus. O que significa, hoje, celebrar o Coração de Jesus? Não se trata tanto de ‘uma piedosa devoção’, mas de uma espiritualidade. A espiritualidade nos faz viver, no cotidiano, as virtudes do Coração do Verbo de Deus, feito homem.

Para saber o que significa seguir o Coração de Cristo, no dia-a-dia de nossa vida e responder de modo significativo diante dos desafios os mais diversos, nada melhor do que acompanhar Jesus na sua vida entre nós. Para isto, quero convidá-lo a ler o Evangelho escrito por Lucas, o escritor da ternura de Deus. Através das palavras e das ações de Jesus, descobriremos a bondade, a misericórdia, a compaixão e a ternura. Jesus vê (é alguém que enxerga os outros), sente com o coração e ama. Os evangelistas, e principalmente Lucas, querem mostrar que Jesus tem um coração para nós.

Ele teve compaixão e multiplicou o pão para o povo faminto (Mt 15,32). Ele teve compaixão do povo e pôs-se a ensinar muitas coisas ou a ensiná-los ‘com muita paciência’ (Mc 6,34). Ao ver o filho que retorna, o Coração do Pai se enternece e ele é tomado de compaixão. Corre ao encontro do filho (Lc 15,20). O sofrimento dos doentes atinge o seu coração e Ele é tomado de compaixão (Mt 20,30-34). Tocado pela dor de uma mãe, restitui a vida ao seu filho (Lc 7, 12-16). Chora junto ao túmulo do amigo e ressuscita Lazaro (Jo 11,35).

Jesus tem um Coração aberto para todos os que Ele encontra em seu caminho. E isto se manifesta de modo definitivo na sua doação final, na sua morte por nós.

Parece-me que aí está o nosso desafio, para o dia a dia de nossa vida. Parece ser o caminho para aqueles que decidiram jogar toda a sua vida numa espiritualidade do Coração. Somos convidados a sentir as necessidades, os sofrimentos e as alegrias dos outros com nossas, a ir ao encontro de todos, sem medo dos riscos e sem receio de jogar tudo. Não combina com uma espiritualidade do Coração de Jesus jogar pela metade ou ficar calculando demais as medidas de nosso amor.

O Coração de Jesus: escrito pelo Cardeal D. Eusébio Oscar Scheid, Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Encerramos o mês de maio, celebrando a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Todo o mês de junho é, tradicionalmente, dedicado a esta comemoração. Portanto, é tempo oportuno para voltarmos a refletir sobre o infinito amor de Deus, que brota do Coração aberto do Cristo Senhor e o culto para com Ele.

É interessante iniciarmos com uma visão antropológica do que seja coração. Fala-se muito de coração, freqüentemente com um ranço de pieguice sentimental. O coração, de fato, no seu simbolismo mais denso, distingue a nobreza de sentimentos de uma pessoa e sua grandeza de atitudes. A consciência das próprias limitações nos obriga a ter o coração aberto às carências dos outros, dedicando-nos, sobretudo, aos mais fracos, humildes e pequenos.

Dentre estes, encontram-se os abandonados pela sociedade, os doentes e, até, as crianças, inclusive as que estão por nascer. Há que se considerar tudo isto, para entender um pouco melhor a profundidade do mistério do Coração de Cristo.

A mentalidade bíblica, segundo a tradição judaica, não trata do coração como mero órgão físico. Esta é, aliás, a sua acepção menos importante. A Bíblia considera o coração (leb-lebab) como centro de nossas faculdades espirituais, sede dos pensamentos e da reflexão, da vontade e das nossas decisões, aquilo que, normalmente, consideramos inteligência.

O cérebro, na época da Antiga Aliança, não era tido como centro destas funções. Nossa linguagem figurada herdou esta forma de expressão: sente-se com o coração. Mas a sabedoria também se aninha no íntimo. Diz-se que a luz da verdade brilha nos corações dos homens sábios. Todas estas expressões, que muitas vezes empregamos, têm origem na Sagrada Escritura sob o termo "coração" (kardía, em grego e cor, em latim).

Tais disposições internas da alma não são fáceis de se manifestar ou interpretar. Quando lemos um livro como o de Jó, ficamos perplexos com tantos sentimentos que se entrechocam! Naquele homem fiel, Deus aprofunda sua obra, pelo doloroso rompimento das últimas barreiras do coração. Sua vida feliz vai, gradativamente, deteriorando, em meio a problemas e desgraças, como a perda dos bens materiais, o perecimento dos filhos e filhas, e, até, a perda da própria saúde. Em meio a tudo isso, Jó continua a proclamar: "O Senhor deu, o Senhor tirou: bendito seja o nome do Senhor!" (Jó 1,21).

Mas, diante da mulher, que o incita a blasfemar, ou diante dos falsos amigos, que duvidam de sua inocência, Jó lamenta-se amargamente e começa a questionar os desígnios divinos. Deus, então, dirige-se a ele, demonstrando a distância abissal entre sua Sabedoria e Onipotência e a limitação do pobre ser humano: "Aquele que disputa com o Todo-Poderoso apresente suas críticas! Aquele que discute com Deus, responda!" (Jó 39,32).

Afinal, Jó reconhece a própria condição: "Falei, sem compreendê-las, sobre maravilhas que me superam e que não conheço. É por isso que me retrato, e arrependo-me no pó e na cinza " (Jó 42,3.6). Atinge, assim, a abertura de coração essencial à ação de Deus que, a seu termo, "o restabeleceu de novo em seu primeiro estado e lhe devolveu em dobro tudo quanto tinha possuído" (Jó 42,10).

Quando nos referimos ao Coração de Jesus, o tema se torna muito mais complexo do que a Psicologia, ou a Antropologia, poderiam exprimir. Esse Coração nos revela o profundo mistério de Deus que se fez homem - mistério pessoal e mistério de sua obra salvífica. O próprio Jesus nos diz: "Ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo" (Mt 11,27).

As atitudes de Jesus manifestam e explicam a profundeza do seu Coração. Em primeiro lugar, a atitude para com o Pai, cuja vontade é sua missão primordial: "O meu alimento é fazer a vontade dAquele que me enviou e cumprir a sua obra" (Jo 4,34). Não se vê maior hino de amor e, ao mesmo tempo, de reverência do Filho de Deus, para com o Pai eterno, igualmente Deus.

Nesta perspectiva, podemos entender como Jesus misericordioso se relaciona com os pecadores e pecadoras. Além disso, o seu zelo protetor pelos mais frágeis, especialmente, os enfermos era constante. E o jeito carinhoso de se relacionar com as crianças, quando as abraçava e abençoava, impondo-lhes as mãos, indicava sua predileção pelos pequeninos. Apresentou-as, inclusive, como modelo de atitude no acolhimento dos valores evangélicos (cf. Jo 9,46-48).

Também era admirável a paciência de nosso Senhor com os Apóstolos, a princípio, nada notáveis por nobreza de sentimentos. Eles foram, pouco a pouco, se convertendo, mediante o ensinamento do Mestre e seu relacionamento com Ele. Tudo isto, foi consolidado pelo dom do Espírito Santo, transformando-os de modo radical, a ponto de morrerem todos mártires, testemunhando o seu amor a Cristo.

O grande oferecimento do seu Coração se dá na Eucaristia, o gesto supremo do Amor-doação: presença nas nossas igrejas, dia e noite, aguardando para se doar a nós como comida e bebida, isto é, força vital para nossa vida, Amigo que nos acompanha em todos os momentos.

Todos os Sacramentos, tendo como centro a Eucaristia, nos revelam uma faceta do Coração de Jesus. Ele quer que tenhamos a plenitude da vida e, assim, nascemos para a graça, através do Batismo e somos fortalecidos pelo alimento celeste da Eucaristia, para amadurecer na caminhada de fé pelo compromisso da Crisma, Sacramento do Testemunho.

Quando erramos, o Senhor nos oferece o Sacramento do Perdão; se ficamos doentes, do corpo ou da alma, Ele concede a Unção, para nos soerguer. Para melhor servirmos ao seu Reino, Ele instituiu o Matrimônio, sacralizando e perpetuando o amor, na dignidade da verdadeira família. Por fim, garantiu-nos o acesso a todas essas graças ao comunicar seu próprio Sacerdócio àqueles que chama a segui-lo mais de perto.

Contemplemos uma última imagem de Cristo, na humilhação infame da cruz, com o Coração atravessado pela lança. Citando o profeta Zacarias, São João diz: "Olharão para Aquele que transpassaram" (Jo 19,37). Lá está o Coração, machucado de amor pelo abandono dos seres humanos, e até pela experiência do aparente distanciamento do Pai, provocada pelas conseqüências de nossos pecados.

Temos que olhar para Aquele que foi transpassado, sobretudo nos momentos mais difíceis: a própria morte, a perda de amigos e de entes queridos... Qual a resposta a tudo isto? Somente se encontra no olhar para Aquele que foi transpassado. Foi desse Coração, cheio de infinito amor, que nasceu a Igreja, nasceram os Sacramentos e tudo o que de mais sublime experimentamos, pela fé e pela prática religiosa, em nossa vida.

Quando rezamos: "Coração de Jesus, cheio de misericórdia, tenha compaixão de nós, abençoe-nos e perdoe-nos", não fazemos outra coisa do que reconhecer o infinito amor que se aninha nesse Coração, aberto por amor de nós. O seu Reino é o triunfo do amor, da misericórdia e do perdão.

  Mapa do site

Pão de
Santo Antônio
de Pádua
Paróquia Santo Antônio de Pádua - Rua Fernão Dias, 845 - CEP: 19.023-280 - Jd. Paulista - Presidente Prudente/SP - Fone: (18) 3222-2838
© Copyright 2008-2024 iParoquia.com - Todos os direitos reservados